Que fim levou?

Paulo César, o nosso camisa 1

Por Carlos Manoel

“Todo time começa com um bom goleiro”. Essa máxima do futebol foi importante para o Pouso Alegre FC alcançar o seu maior feito em seus 96 anos de história, a 5ª posição no Campeonato Mineiro de 1990. O time que deixa muitos pousoalegrenses com saudade tinha em sua meta o experiente goleiro Paulo César, o PC Gusmão.

Nascido no Rio de Janeiro, em 19 de maio de 1962, Paulo César Lopes de Gusmão era um goleiro de bom predicado, com excelente passagem pelo Vasco da Gama. Seguro sob as traves, Paulo César ajudou bastante o Pouso Alegre FC durante o certame, principalmente na partida contra o Atlético, no Mineirão: vitória do Dragão por 2 a 1.

Paulo César estreou com a camisa 1 do Dragão, logo na segunda partida daquele campeonato, no empate em 2 a 2 contra o Rio Branco, jogando em Andradas. Depois desse jogo, o goleiro não deixou mais o posto e seguiu como titular até o derradeiro duelo do PAFC, que foi justamente contra o Atlético Mineiro, 3 a 3, no Estádio da Lema.

Ao todo, Paulo César vestiu a camisa do PAFC 33 vezes, tomando apenas 32 gols. Números dignos, que honram os bons goleiros que já passaram pelo PAFC e brilharam, caso de Luiz Carlos na década de 60, Juninho e Rubão, nos anos 80.

Após a passagem pelo Pouso Alegre FC em 1990, Paulo César seguiu sua carreira e continuou sua caminhada por muitos clubes do Brasil, principalmente no futebol carioca. Aposentou-se para encarar a função de preparador de goleiros e de auxiliar-técnico no Vasco. Depois, trabalhou com Vanderlei Luxemburgo no Flamengo e no Corinthians, onde conquistou títulos nos anos 90.

A primeira experiência de PC Gusmão como treinador foi em 2001, no Vasco. Ele substituiu interinamente Hélio dos Anjos até a virada do ano. Em 2002, também como "tampão", dirigiu o Palmeiras no lugar de Luxemburgo, que pediu demissão e foi para o Cruzeiro.

A dupla voltou a trabalhar junta na Raposa. Como auxiliar, PC largou temporariamente a "carreira solo" e conquistou a "Tríplice Coroa" em 2003 (Campeonato Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro).Depois da saída do "mestre" do time mineiro em 2004, o ex-goleiro retomou a carreira de técnico para não largar mais.

Assumiu o cargo após a queda celeste na Libertadores e levou a equipe ao bi estadual daquele ano.Depois do Cruzeiro - onde voltou a trabalhar em 2006 e levou mais um Campeonato Mineiro -, PC Gusmão passou por Flamengo, Cabofriense, Botafogo, Fluminense, São Caetano e Náutico.
Em 2008, conquistou pelo Itumbiara o Campeonato Goiano da temporada. Em junho daquele ano, foi convidado a trabalhar no Figueirense. Mas, a sua passagem pelo Estádio Orlando Scarpelli, foi curta, sendo demitido em setembro do mesmo ano.

Em 2009, Paulo César iniciou a temporada no Juventude-RS, mas também não durou muito tempo. Depois de um breve retorno ao futebol goiano, dessa vez para comandar o Atlético, PC Gusmão acabou indo trabalhar no Ceará, onde levou o time a elite do futebol brasileiro.

Com informações do Wikipédia

Que fim levou?

Prestes a completar 20 anos da lendária equipe do Campeonato Mineiro de 1990, o blog do Dragão do Sul de Minas, começa a homenagear aqueles que levaram o nome do Pouso Alegre FC ao seu ápice. Para isso será criado, ou melhor, copiado (sem constrangimento algum) do Milton Neves, a seção “Que Fim Levou?” dos jogadores de esquadrão de 90. Vamos lá...

A história do campeão sem título

Por Carlos Manoel

16 de agosto de 2009. Às 10h30min de um domingo ensolarado entravam 11 homens no gramado do Estádio Carlos Monteiro, na cidade de Guaxupé. Aranha; Peterson, Viola, Reinaldo e Adriano; Du, Bruno César, Rafael e Dodô; Helder e Fernando Roberto provavelmente não faziam idéia, mas naquele momento estavam ajudando a renascer o Dragão do Sul de Minas, que por 11 anos esteve hibernado em seu covil.

E logo na primeira partida após sua volta, o time rubro-negro goleou: 4 a 1 sobre a Esportiva Guaxupé. A vitória de virada sobre o adversário encheu a pequena e saudosa torcida do Pouso Alegre FC de esperança. Aquele dia, certamente entrou para a história do clube e marcou muita gente, principalmente Fernando Roberto (foto abaixo), o camisa 9 do Dragão, que marcara 3 tentos no jogo.

Depois da reestréia do Pousão, a equipe deu continuidade à disputa da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Foram ao todo 18 partidas, sendo 6 vitórias, 7 derrotas e 5 empates. O Pouso Alegre FC marcou 24 gols e sofreu 26 e o artilheiro da equipe na competição foi Fernando Roberto, com 7 gols.

Dois problemas atrapalharam os planos do Dragão no certame. O time de Pouso Alegre, a segunda maior cidade do Sul de Minas e que possui uma das maiores economias do Estado, não recebeu apoio nenhum, tanto do setor privado, quanto do setor público do município. A equipe rubro-negra não conseguiu jogar em casa e teve que realizar suas partidas na vizinha Santa Rita do Sapucaí, e até mesmo em Poços de Caldas.

Além disso, um outro fator atrapalhou a equipe e gerou um desequilíbrio no elenco. A constante troca de treinador acabou interferindo no trabalho da equipe, pois o Dragão teve durante a Segundona, cinco comandantes diferentes. Antônio Willian, Luciano Pascoal e Aloísio Basílio (ambos interinos), Fernando Alcântara e Paulo Rogério treinaram a equipe. O último foi quem teve um destaque maior, pois reduziu o número de jogadores e fechou o grupo, mas já era tarde para buscar o acesso.

E em relação ao elenco, o Pouso Alegre FC utilizou durante a Segundona 28 jogadores diferentes. Quem mais entrou em campo foi Viola, que realizou 17 partidas - esteve fora apenas de 1 jogo, pois estava suspenso. O atleta de 25 anos jogou em várias posições: meia, volante e até zagueiro. A raça e determinação que entrava em campo fez com que marcasse 4 gols, sendo vice-artilheiro da equipe no campeonato, e o destaque da equipe no campeonato.

Alguns números do PAFC na Segundona 2009:

Partidas realizadas: 18 jogos (6 vitórias, 7 derrotas e 5 empates).

Colocação: 5º lugar na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.

Quem jogou: Viola (17 partidas); Dodô (16); Reinaldo, Galego e Fabiano (14); Bruno César, Helder e Paulinho (13); Fênix, Peterson e Denílson (11); Du e Caio (10); Fernando Roberto (9); Rincón, Aranha e Bruninho (8); Paulo Sérgio (7); Adriano, Pedro Paulo e Marinho (6); Diego e Elias (5); Rafael (4); Wesley e Leonardo (2); Alex (1) e Denis (0).

Goleiros: Caio (10 jogos, 19 gols tomados), Aranha (8 jogos,7 gols tomados) e Denis (13 jogos no banco).

Técnicos: Antônio Willian (3 partidas, sendo 2 vitórias e um empate), Luciano Pascoal (1 jogo e uma vitória), Aloísio Basílio (2 jogos e duas derrotas), Fernando Alcântara (5 jogos, sendo uma vitória, 3 empates e uma derrota) e Paulo Rogério (7 jogos, sendo duas vitórias, um empate e 4 derrotas).

Artilheiros: Fernando Roberto (7 gols); Viola (4); Galego (3); Dodô e Bruninho (2); Peterson, Bruno, Elias, Helder, Fênix e Denílson (1).

Cartões amarelos: Viola (5); Reinaldo, Rincón, Paulinho e Bruninho (4); Peterson, Fernando Roberto, Dodô, Galego, Fabiano e Denílson (3); Aranha, Du, Bruno César, Helder e Wesley (2); Rafael, Pedro Paulo, Fênix, Caio e Paulo Sérgio (1).

Cartões Vermelhos: Marinho (2), Reinaldo, Fernando Roberto e Paulo Sérgio (1).